O episódio ocorrido esta tarde na Assembleia Nacional, ainda que pré-anunciado, não dignificou o novo Parlamento, muito menos a MAIORIA PARA A MUDANÇA (doravante designada por MPAM), que se comprometeu a apoiar o Governo que amanhã é empossado pelo Presidente da República. Ainda que os partidos da futura coligação pretendam disfarçar, trata-se do primeiro rombo no porta-aviões MPAM.
Se foi extemporâneo o convite formulado por Pedro Passos Coelho a Fernando Nobre IMPONDO-O como candidato do PPD/PSD a Presidente da Assembleia Nacional, desastrosa e apolítica foi a entrevista que Fernando Nobre deu, afirmando que se não fosse eleito renunciaria.
Embora não possamos afirmar, ninguém o pode fazer, tudo indica que houve um rombo na unidade do PPD/PSD, pois o número de votos favoráveis (106) é menor que os mandatos do Partido (108).
O CDS-PP também esteve muito mal, cheirou a vingança eleitoral.
A posição dos deputados do PS cheirou a “revanchismo”, mais contra Fernando Nobre do que contra o PPD/PSD.
A posição dos partidos da extrema-esquerda parlamentar, PCP e BE, já era a esperada: sempre do contra, contra tudo e contra todos.
Deste acto ressalta o seguinte:
1. A coesão intraparlamentar da Maioria para a Mudança, PPD/PSD e CDS-PP;
2. O facto do Partido Socialista ter quebrado uma tradição parlamentar ao não votar no candidato do partido mais votado, facto que o PPD/PSD deverá registar para, no futuro, quando o PS voltar minoritariamente ao Poder, o PSD responder na mesma “moeda” e se possível em dobro;
3. A resistência de alguns em impedir que o Presidente do Parlamento seja um independente, com o argumento de que Fernando Nobre não tem experiência parlamentar (alguns que vão para o Governo não têm experiência parlamentar nem governativa).
Votei FERNANDO NOBRE nas Presidenciais. Hoje, como deputado, votaria FERNANDO NOBRE para Presidente da Assembleia Nacional.
Com a dignidade que o caracteriza, Fernando Nobre retirou a sua candidatura. Uma vez mais um acto nobre.
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