quinta-feira, 23 de junho de 2011

Uma página da História de Portugal

A eleição da deputada do PPD/PSD, Assunção Esteves, para Presidente da Assembleia Nacional, é mais um marco na História de Portugal.
Depois do triste episódio da não eleição de Fernando Nobre à custa de alguns ressabiados, nomeadamente daqueles que com ele almoçaram (ou jantaram) em Paço de Arcos (Vieira da Silva e João Tiago Silveira) e que dele levaram uma "nega", os deputados corrigiram o erro e elegeram para Presidente uma senhora.
O passado de Assunção Esteves, a sua independência em relação ao PPD/PSD, ainda que sua militante, auguram um excelente desempenho no relacionamento com todos os grupos parlamentares e respectivos deputados. Assunção Esteves vai, certamente, "despir" a camisola laranja e afirmar-se como a Presidente da Assembleia Nacional e não a presidente dos deputados da Maioria para a Mudança.
Permita-se, Sra. Presidente do Parlamento, o seguinte conselho: vai ter de ser mais exigente no cumprimento dos horários das sessões, no controlo dos tempos de intervenção dos deputados. Faço esta chamada de atenção em função do que vinha acontecendo nas reuniões da AML, que a Senhora, na qualidade de Presidente da Mesa, permitia que os horários não fossem cumpridos e que os delegados excedessem em muito os seus tempos de intervenção.
Muitos parabéns, Dra. Assunção Esteves!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

NOBRE dignidade

O episódio ocorrido esta tarde na Assembleia Nacional, ainda que pré-anunciado, não dignificou o novo Parlamento, muito menos a MAIORIA PARA A MUDANÇA (doravante designada por MPAM), que se comprometeu a apoiar o Governo que amanhã é empossado pelo Presidente da República. Ainda que os partidos da futura coligação pretendam disfarçar, trata-se do primeiro rombo no porta-aviões MPAM.

Se foi extemporâneo o convite formulado por Pedro Passos Coelho a Fernando Nobre IMPONDO-O como candidato do PPD/PSD a Presidente da Assembleia Nacional, desastrosa e apolítica foi a entrevista que Fernando Nobre deu, afirmando que se não fosse eleito renunciaria.

Embora não possamos afirmar, ninguém o pode fazer, tudo indica que houve um rombo na unidade do PPD/PSD, pois o número de votos favoráveis (106) é menor que os mandatos do Partido (108).

O CDS-PP também esteve muito mal, cheirou a vingança eleitoral.

A posição dos deputados do PS cheirou a “revanchismo”, mais contra Fernando Nobre do que contra o PPD/PSD.

A posição dos partidos da extrema-esquerda parlamentar, PCP e BE, já era a esperada: sempre do contra, contra tudo e contra todos.

Deste acto ressalta o seguinte:

1.    A coesão intraparlamentar da Maioria para a Mudança, PPD/PSD e CDS-PP;
2.    O facto do Partido Socialista ter quebrado uma tradição parlamentar ao não votar no candidato do partido mais votado, facto que o PPD/PSD deverá registar para, no futuro, quando o PS voltar minoritariamente ao Poder, o PSD responder na mesma “moeda” e se possível em dobro;
3.    A resistência de alguns em impedir que o Presidente do Parlamento seja um independente, com o argumento de que Fernando Nobre não tem experiência parlamentar (alguns que vão para o Governo não têm experiência parlamentar nem governativa).

Votei FERNANDO NOBRE nas Presidenciais. Hoje, como deputado, votaria FERNANDO NOBRE para Presidente da Assembleia Nacional. 
Com a dignidade que o caracteriza, Fernando Nobre retirou a sua candidatura. Uma vez mais um acto nobre.