Em 1986, sem sermos ouvidos, entramos para a CEE - Comunidade ECONÓMICA Europeia, em 1992, com o Tratado de Maastricht fomos empurrados para a CE - Comunidade Europeia e com a adesão ao €uro, em vigor desde Janeiro de 2002, encavaram-nos na UE - União Europeia, uma vez mais e pela 3.ª vez sem quererem saber a nossa opinião.
A CEE/CE/UE ia ser a cura de todos os males de que sofríamos, fruto do "fascismo". A "Europa" era nossa amiga, dava-nos milhões, muitos milhões, em contrapartida abatíamos vinhas, oliveiras, pereiras, macieiras, os campos colocados em sequeiro, abatíamos a frota pesqueira, encerrávamos a siderurgia, importavamos muitos automóveis, construíamos auto-estradas, IP's, IC's e, com o guterrismo, as célebres SCUT's, que no dizer do ministro de então, João Cravinho, se pagariam a si mesmas.
Portugal, Grécia, Irlanda e Espanha, atravessam momentos gravíssimos de fractura social. Os líderes europeus são fracos, por incompetência, por carreirismo político, sem experiência no sector privado, sem nunca terem sentido o que é estar desempregado, sem saberem o que é não ter dinheiro para pagar propinas, desconhecendo a angústia do que é chegar ao fim do mês e não ter dinheiro para pagar a renda da casa, água, electricidade, gás e alimentação, por mais parca que seja.
Mas, ao contrário do que afirmam a Sra. Merkel e o seu ajudante-de-campo Sarkozy, todos os países estão mergulhados numa séria crise económica, fruto da globalização desenfreada, da primazia dos especuladores financeiros sobre o poder político, mero executor das políticas anti-sociais dos "homens sem rosto".
A miséria que alastra na Europa, a "terra prometida" para os mais pobres - portugueses, gregos e irlandeses - e magrebinos, está a transformar-se no "inferno" social, a desestruturação das famílias, das comunidades e das regiões. Aqueles que nos impingiram esta €uropa - Soares, Cavaco, Freitas, Sampaio, Guterres, Barroso e Sócrates - são os mesmo que nos continuam a assegurar que não há futuro para Portugal fora do €uro, que não há futuro para Portugal fora da Europa (devem referir-se a esta €uropa). Quem acreditaria, há 23 anos atrás, que a União Soviética ruiria estrondosamente?
Ficamos também a saber por um dos filhos de Kadhafi que a Líbia apoiou financeiramente a campanha presidencial de Nicolas Sarkozy, por isso o desespero deste em o atacar militarmente. Com esta revelação e sendo do conhecimento generalizado as relações de José Sócrates com o ditador líbio, apraz-nos questionar se o Partido Socialista e o Primeiro-Mentiroso de Portugal não terão sido financiados com dinheiro esbulhado ao povo líbio.