terça-feira, 6 de agosto de 2013

A VERDADE DA DÍVIDA DE SANTARÉM ATRIBUÍDA A MOITA FLORES(II) - ANO DE 2006

Francisco Moita Flores começa o seu 1.º ano de mandato com uma dívida que estrangula económica e financeiramente o Município. O documento intitulado Orçamento e Grandes Opções do Plano para o ano de 2006, começa com a seguinte chamada de atenção:
O passivo de curto prazo é bastante elevado, limitando a actuação da Câmara Municipal nas suas actividades, ao mesmo tempo que provoca danos nos fornecedores, Juntas de Freguesia e Associações, quando não são honrados os compromissos de pagamento.”
Feito o levantamento dos “esqueletos” que numa 1.ª fase atirariam a dívida para mais de 80.000.000,00€ (oitenta milhões de euros), as facturas, notas de débito e juros entrados no decorrer de 2006 e não contabilizados em anos anteriores, consolidaram o passivo em 71.563.027,28€ (setenta e um milhões, quinhentos e sessenta e três mil vinte e sete euros e vinte e oito cêntimos), que Moita Flores e sua equipa receberam dos 28 anos de gestão do Partido Socialista.
No final de 2006 a dívida da Câmara Municipal de  Santarém tinha subido para 72.778.817,07€ (setenta e dois milhões, setecentos e setenta e oito mil, oitocentos e dezassete euros e sete cêntimos), ou seja, com o aumento de 1.215.789,79€ (um milhão duzentos e quinze mil, setecentos e oitenta e nove euros e setenta e nove cêntimos), equivalente a 1, 7%.
O Activo recebido no início do mandato foi de 93.372.012,63€ (noventa e três milhões, trezentos e setenta e dois mil, doze euros e sessenta e três cêntimos), no final de 2006 era de 95.832.973,08€ (noventa e cinco milhões oitocentos e trinta e dois mil, novecentos e setenta e três euros e oito cêntimos), aumento de 2.460.960,45€ (dois milhões, quatrocentos e sessenta mil, novecentos e sessenta euros e quarenta e cinco cêntimos) correspondente ao percentual de 2,64.
Por contraposição os Fundos Próprios que no início do mandato eram de 21.808.985,35€ (vinte e um milhões, oitocentos e oito mil, novecentos e oitenta e cinco euros e trinta e cinco cêntimos) subiram para 23.054.156,02€ (vinte e três milhões, cinquenta e quatro mil, cento e cinquenta e seis euros e dois cêntimos), acréscimo de 1.245.170,67€ (um milhão, duzentos e quarenta e cinco mil, cento e setenta euros e sessenta e sete cêntimos), equivalente a 5,7%
Moita Flores na rubrica “Dívidas e Terceiros de Médio e Longo Prazo” recebeu da gestão do Partido Socialista (PS) 22.905.136,57€ (vinte dois milhões, novecentos e cinco mil, cento e trinta e seis euros e cinquenta e sete cêntimos) e, decorrido 1 ano, subira para 32.497.579,83€ (trinta e dois milhões, quatrocentos e noventa e sete mil, quinhentos e setenta e nove euros e oitenta e três cêntimos), ou seja, aumentou 9.592.443,26€ (nove milhões, quinhentos e noventa e dois mil, quatrocentos e quarenta e três euros e vinte e seis cêntimos), cerca de 41,9%. Este aumento deveu-se sobretudo à renegociação com fornecedores, cujas dívidas do Município, a Curto Prazo, foram transferidas para a rubrica Médio e Longo Prazo, permitindo alguma folga de Tesouraria.
Na rubrica “Dívidas e Terceiros de Curto Prazo” que no final de 2005 totalizava 28.156.079,69€ (vinte e oito milhões, cento e cinquenta e seis mil, setenta e nove euros e sessenta e nove cêntimos), baixou substancialmente, para 20.572.828,41€ (vinte milhões, quinhentos e setenta e dois mil, oitocentos e vinte e oito euros e quarenta e um cêntimos), ou seja, menos 7.583.251,28€ (sete milhões, quinhentos e oitenta e três mil, duzentos e cinquenta e um euros e vinte e oito cêntimos), menos 26,93%, fruto do referido no parágrafo anterior (transferência da rubrica de Dívidas a Curto Prazo para Médio e Longo Prazo).
* Esqueletos: documentos de índole financeira (facturas, notas de débito, juros) que não foram contabilizados em devido tempo com o intuito de diminuir artificialmente o passivo/dívida.


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