Quando escrevemos o último post Portugal ainda tinha um governo legitimado pelo voto popular e parlamentar, da responsabilidade de José Sócrates e do "seu" PS.
No dia 5 de Junho a mensagem transmitida por Pedro Passos Coelho desde o Congresso de Mafra, MUDAR, cativou maioritariamente o voto dos portugueses, sem, contudo, lhe conceder o poder absoluto.
Os Portugueses, certamente calejados das maiorias "cavaquistas" e da maioria "sócretina" de 2005-2009, "obrigaram" Passos Coelho a dialogar com o seu aliado natural, o CDS-PP, de Paulo Sacadura Cabral Portas.
Consideramos que a entrada do CDS-PP no Governo e o apoio do seu grupo parlamentar será crucial para a estabilidade governativa e, mais do que isso, para travar o excesso de liberalismo que há em alguns pontos do programa do Partido SOCIAL DEMOCRATA.
Oeiras, enquanto município, deu a vitória ao PPD/PSD, e o CDS-PP teve um magnífico resultado (superior a 15%).
Os militantes e simpatizantes do PPD/PSD e da JSD de Oeiras participaram activamente na campanha, contribuiram com a sua presença e esforço para a mudança gerada e que nos transmite redobrada esperança em MUDAR Portugal.
Os militantes e simpatizantes do PPD/PSD e da JSD de Oeiras souberam colocar de lado aquilo que os separa, os apelidados de "laranja" e "laranja/verde-alface", ou seja, os "puros" e os afectos ao IOMAF.
Conversamos com militantes da ex-Secção de Algés, conversamos com militantes da ex-Secção de Oeiras, conversamos com ex-militantes de Algés e de Oeiras, alguns afectos ao grupo de Isaltino, e de todas elas ressaltou a dificuldade por que passa a integração da ex-Secção de Algés na nóvel concelhia. Há quem continue a fazer a apologia do SECTARISMO, do DIVISIONISMO, da autofagia.
A História de adesão de ex-comunistas ao partidos democráticos, salvo algumas excepções (e lembro-me de Zita Seabra que no "Sana" procurava passar despercebida), consubstancia-se num despudorado ataque à honra, a juízos de valor baseados em convicções sectárias, procurando atingir os que militavam e militam há mais anos nesses partidos (PSD, PS). Veja-se o caso de Pacheco Pereira, de Mário Lino, de Ana Gomes, de Augusto Santos Silva e de outros oriundos da área comunista, que não apenas do PCP, céleres a enxovalhar os seus pares do PSD e do PS que NUNCA foram comunistas!
Em Oeiras também vivemos estes dilema: uns tentam UNIR o PPD/PSD, outros, e um mais que outros, tudo fazem para manter a "guerra civil" que estalou no final de 2004.
O diálogo, a concertação, a criação de pontes (ou a tentativa) é vista por alguns, por um mais que por outros, como um acto de "rendição" ao "inimigo" laranja-verde/alface, o pretender-se estar bem com Deus e com o Diabo.
O DIÁLOGO não faz parte da ideologia comunista. Podemos mudar de partido, pode alguém mudar do Partido Comunista Português para o Partido SOCIAL DEMOCRATA, tal mudança é apenas uma operação de cosmética, as raízes da INTOLERÂNCIA mantêm-se!
Continuaremos a lutar pela transparência no PSD de Oeiras, entendemos que não podemos ser PSD nas Legislativas e Europeias e do IOMAF nas Autárquicas. Entendemos também que está a chegar a fase da escolha, em que aqueles que sendo militantes do PSD trabalham para o IOMAF, seja na associação que o suporta - AOMAF - seja na Câmara Municipal.
Quem pretender que exorcizemos os militantes do PPD/PSD apelidados de laranja-verde/alface, que os mandemos para o degredo, que os banamos da vida política, está enganado; contudo, já passaram 7 anos, houve mais que tempo para que eles façam uma opção clara entre o PPD/PSD ou o IOMAF, sob pena de enfrentarem a jurisdição do Partido. O tempo esgotou-se.
2 comentários:
O Hélder disse tudo e a essência está bem explícita nos dois últimos parágrafos.
A fase da escolha dos laranja/alface já foi feita em 2005, quando decidiram apoiar o gusmeiro.
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